tag:blogger.com,1999:blog-12021197615295486972024-03-19T10:00:55.605+00:00Escreves(me)?Só o que me apetece, e mais não digo.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-51157506213647011662009-04-25T18:50:00.000+01:002009-04-25T18:52:22.343+01:00Não quero saberNão quero saber<br />De ti, vendaval, <br />Vento, pecado inocente<br />Litoral escondido nas tuas costas<br />O mar<br />Em ruínas que se desmonta<br />E se encaixa<br />E se perde<br />E se encontra nos beijos<br />De sal, de cal<br />De danças exóticas<br />Paranóia dos dias adormecidos<br />E eu<br />Espectadora do refúgio azul<br />Sem me esconder, encontras-me<br />Adormecida, ciente<br />Do cigarro que se evapora no ar<br />Não.<br />Não quero saber.<br />Se soubesse, diria<br />Que foste talvez o melhor<br />E, se em tamanha alegria<br />Te soubesse de cor<br />Talvez pensasse<br />Que afinal queria saber.<br />Não.<br />Barulho, pedra fria.<br />Chega!<br />Lágrimas tóxicas<br />Que me limitam a visão<br />Não.<br />Não, não, não!<br />Prefiro acreditar<br />Que não quero saber<br />Do que saber que na algibeira<br />Está a razão.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-39094509294481522052009-02-13T00:21:00.000+00:002009-02-13T00:22:52.612+00:00Não sei.Não sei porque te amo.<br />Nunca te quis amar<br />Nunca quis pensar em ti e,<br />Soluçando,<br />Sentir o abandono das palavras<br />Num olhar.<br />Não sei porque olho para os teus olhos.<br />Nunca quis perder-me no lago verde<br />Selva profunda penetrada por dois clarões<br />De energia cansada.<br />Não sei porque te quero, <br />Qual é a razão de te guardar todos os dias debaixo da cama<br />E à noite, no silêncio escuro,<br />Dar-te a mão para ver se ainda lá estás?<br />Não sei porque desisto.<br />Se habituada estava às lutas diárias <br />De me esconder do mundo aos teus olhos.<br />Não conheço o vento.<br />Não conheço o vento que te levou os cabelos <br />Onde todos os dias pousava a mão cansada<br />De virar páginas da nossa história.<br />Não sei<br />De ti, de mim e de nós.<br />E das músicas que cantavas para a cidade<br />No telhado, debaixo do luar<br />Fingindo que cantavas para mim.<br />Não sei dessas músicas, apesar de ecoarem<br />Todos os dias na sala vazia da minha saudade.<br />E de andarem...<br />De correrem...<br />De se esconderem no outro lado do mundo, onde tu vives feliz.<br />Feliz com a infelicidade de já não nos termos.<br />De já não nos pertencermos.<br />Não sei porque te amo, não sei.<br />Ignoro a razão de alimentar tal força que<br />Inocente, me leva o coração<br />A cada segundo que morre na minha mente.<br />Não sei porque rasgo as tuas fotografias,<br />E, vendo a saudade de saber que sorrias<br />Pensar que são meros papéis velhos espalhados pelo chão.<br />Não sei.<br />Não abandono esta raiva de odiar o amor que ainda sinto por ti.<br />Não sei porque te amo e,<br />Porque te odeio tanto,<br />Não sei.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-57368003582972263632009-01-31T21:54:00.000+00:002009-01-31T21:55:25.498+00:00Pensamentos-FantasmaEscrevo sobre o que quero escrever e o que quero escrever não sei. Escrevo com um lápis frágil, e a fragilidade toma conta de mim, consome-me. Como tu.<br />Acorrentaste-me o espírito sem autorização. Indiquei-te com o meu dedo o caminho e seguraste-me a mão. Dou por mim agora, de corpo cansado, caída na cama, olhando o vazio. Os meus olhos perdem-se na parede branca onde já vi retratos de nós dois, um só, fusão indeterminada de dois opostos independentes.<br />Saio à rua, acendo um cigarro. Concentro-me nas luzes barulhentas, nos becos escuros, apodrecidos. Dormem no chão os incapazes, voam nos seus pensamentos os heróis – as ilusões, a saudade, a culpa. Um bafo no cigarro e a noite cumprimenta-me. Vejo-te em todas as sombras que escondem as imperfeições do alcatrão, em todas as montras das lojas inacabadas, em todas as recordações que a lua me faz sentir.<br />De volta ao meu mundo, consegui. Consegui libertar-me do medo de errar, do medo de me calar, de cair num silêncio profundo que nem a fragilidade do lápis consegue quebrar. Tenho a cabeça cheia de ti, caída na suave almofada, procuro a amnésia total, não do que fomos, mas do que nunca iríamos ser. Adormeci, e agora ordeno-te: não tentes sequer acordar-me, deixa-me, por um instante, sonhar. Com o quê, não sei. Mas deixa-me aqui.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-39363598523858309922009-01-27T00:31:00.000+00:002009-01-27T00:33:06.827+00:00Não é assim tão simples.Sinto, num breve virar de costas teu<br />Onde emanam as cores da dança e do rodopio<br />A loucura de quem já tudo me deu<br />Pressinto, viro costas também e sorrio.<br /><br />Sorrio porque nada mais tenho a chorar<br />Canto porque também te oiço cantar<br />Agarro como quem quer prender<br />Grito, rasgo, amo e mato<br />Como se não soubesse sofrer.<br />Olho para ti, vejo restos de mim<br />Vejo também a força do ódio de tanto te querer.<br />Esconde-se no doce sussuro<br />A ânsia de correr atrás<br />Do tempo e, saltando o muro<br />Ignorar a queda que tanto me faz.<br />Quebrar as barreiras que ao longe<br />Se avistam da neblina do norte<br />Quebrá-las, porque tenho a força<br />Quebrá-las porque me deste sorte.<br />Agarro e...<br /><br />Solto. E num breve suspiro<br />Desfaço os nós da corda bamba<br />Ao longe o fogo arde,<br />Queima a loucura que agora é branda.<br />Os olhos fazem por não querer<br />O corpo faz por não desejar<br />Ouve-se ao longe um tiro<br />Questiono-me quem irá matar.<br /><br />Quem morreu não sei,<br />Quem eu quero, deixei.<br />Virei-te as costas, sorridente, e retornei<br />E se quiseres saber...<br />Nunca mais me importei.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-9217010229190963142009-01-25T19:33:00.000+00:002009-01-25T19:41:53.380+00:00MemoO dia estava gelado. Comecei a caminhar por uma rua de gravilha, um pouco sem saber onde ia, eterno caminho que se faz só por fazer. Se, no início, tudo me parecia deserto, pouco a pouco me fui deparando com montras abandonadas, cafés antigos repletos de velhos homens que, na sua sábia solidão, liam os seus jornais e fumavam os seus cachimbos. Ao longe um carro acelerava, como se disputasse com outro qualquer carro imaginário o prémio surreal – chegar lá primeiro, mesmo sem saber o que era o “lá”. Continuei a andar, a música que me soprava aos ouvidos embalava-me, fazia com que fosse a única pessoa no mundo a andar na rua só por andar.<br />Não sei bem onde ia, só sabia o que deixava para trás, o que me parecia um motivo real para não redireccionar os meus passos e, simplesmente, me fazer andar.<br />Não sei quanto tempo havia passado – minutos, horas talvez? -, quando dou por mim a pisar uma vastidão de areia molhada, como se um qualquer íman imaginário me tivesse atraído àquela praia. Ao meu lado, mas ainda um pouco distantes, dois rafeiros disputavam uma velha garrafa de plástico, como se aquela tivesse significado algum.<br />Deixei então a música desligar-se por si só. Não que a tivesse, ou quisesse sequer, tê-la desligado, apenas as suas notas e acordes entraram numa sintonia incrível com a sinfonia do vento, o que me causou arrepios e uma tenebrosa sensação de solidão.<br />Sentei-me na areia, despreocupada com o corpo gelado ou com a onda enfurecida que me poderia inundar o corpo, e deixei-me ser absorvida por aquele quadro pitoresco só meu, que mais ninguém saberia como interpretar.<br />De repente e, simultaneamente, muito devagarinho, vi-me a ser transportada para outra realidade, para outro mundo. Se o meu corpo continuava ali, sentado à beira-mar deserta, a minha mente, essa, havia fugido para bem longe de mim. <br />Talvez os rafeiros não se importassem, talvez o dia fosse quente, talvez houvesse movimento se alguém pudesse ver o que eu vi. Um quadro branco e azul, um horizonte saudoso, umas meras fotografias rasgadas despejadas num chão imundo, um grito de horror da boca de um anjo...<br />Talvez tivesse sido mais fácil, se te sentasses comigo na areia, ao invés de te conformares com a minha eterna e só existência naquela praia que já nos pertenceu.<br />Levanto-me, determinada a caminhar de regresso ao local de onde vim. Enquanto caminhava sem destino rumo àquela praia, esqueci-me completamente de que é mais difícil percorrer um caminho cujo final já conhecemos. Esqueci-me e, por isso mesmo, nunca me foi tão difícil voltar à origem, ao zero, ao lugar de partida. Talvez amanhã apenas deixe uma nota no céu negro, para não me voltar a esquecer disso.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-58273571662475130262008-11-16T16:52:00.000+00:002008-11-16T16:53:14.780+00:00Assim, como tu.Toca, sozinho, na berma do passeio<br />Um violino cansado<br />Toca, sem pressas<br />Ecoando por todo o lado<br />Sente, triste, a lenta pressa do amor<br />Pensa, existe, a languidez do fervor<br /><br />Toca, escondido, na minha cabeça<br />Um violino assustado<br />Diz-me, em segredo<br />Um passado sussurrado<br />Vive, fanático, o choro do perder<br />Canta, estático, a história do temer.<br /><br />Toca, sentido, notas de sofrimento<br />Um violino desesperado<br />Fala-me dos acordes perdidos<br />Aos quais estava habituado<br />Morre, olhado, pelos felizes peões<br />Deixa-se ir, calado, pelo choro das desilusões.<br /><br />Oh, foi agora encharcado pela suja lama...<br />Assim que dei conta do lado vazio da minha cama.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-15447401746433127682008-11-03T19:51:00.003+00:002008-11-03T20:01:49.128+00:00Vai sim.<strong>Vanessa da Mata - Você vai me destruir</strong><br /><br />"Está acabando o amor<br />Você ainda não veio<br />Não disse não ligou<br />Se vem viver comigo<br /><br />Se me quer como amiga<br />Se não quer mais me ver<br />Você vai me esquecer<br />Você vai me fazer padecer<br /><br />Está acabando o amor<br />Você já não me pertence<br />Eu vejo por aí<br />Você não está comigo<br /><br />Nessa nossa disputa<br />Nesse seu jeito bom<br />Eu não quero saber<br />Você vai desdenhar<br />E vai sofrer e vai perder<br /><br />Você vai me destruir<br />Como uma faca cortando as etapas<br />Furando ao redor<br />Me indignando, me enchendo de tédio<br />Roubando o meu ar<br />Me deixa só e depois não consegue<br />Não me satisfaz<br /><br />Pensando em te matar de amor ou de dor eu te espero calada<br /><br />(Me pinte, me pegue<br />Me sirva, me entregue<br />Me deixe, me coma<br />Me envolva, me ame)"<br /><br />Hoje é a música que (me) mostra como estou.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-50799492019020275562008-11-03T06:48:00.001+00:002008-11-03T06:51:10.650+00:00É uma pena.Pára. Não sou o mapa das tuas férias, onde riscas uns quaisquer planos confusos. Não sou o teu fim-de-semana. Não sou o sofá quente onde descansas depois de um duro dia. Não sou a cama lavada onde te recompões. Chega. Não irei ser mais o fundo do vaso quebrado, onde terra limpa não chega. Não irei, nunca mais! Não olharás de novo para mim com aquele olhar de mesericórdia, onde um pedido de desculpas é censurado e a razão camuflada prevalece sobre qualquer hipocrisia.<br />Pensa. As chapadas sem mão aleijam, e não é pouco. As costas doem-me, tenho os pés cansados, fartos, aborrecidos de tanto andar atrás da tua sombra. Não quero. Não quero ser o escape, não quero um beijo fugaz, nem sequer um abraço mal dado. Não quero um amor cansado. Não quero uma paixão farta.<br />É pouco. Tudo é pouco. É pouco o que me dás, é pouco o que me ensinas, tiras mais de mim do que tenho, deixas-me menos do que preciso. É pouco. É escasso o teu amor, é escasso o teu fervor, é escasso o colo que já nem reconforta. É escassa a essência de éramos feitos...<br />Lembras-te?<br />Éramos jovens, razões triviais, éramos quentes e apaixonados; cúmplices e enamorados. Éramos nós...<br />Vai-te embora, sai daqui. Não batas com a porta, porque o barulho incomoda-me. Não me pises, não grites, não chores. Simplesmente sai, do jeito mudo como aquele com o qual me ensinaste a viver. Shiu! Não fales. Hoje decidi eu o que quero. E o que eu quero não és tu. Já quis...<br />Lembras-te?<br />Procurei-te incansavelmente. Corri pelas dunas, molhei-me com a chuva, queimei-me com o sol, mas tive-te. Eras meu. Quis-te. <br />Agora, sai!Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-61889487811135373772008-10-26T18:06:00.000+00:002008-10-26T18:07:57.268+00:00Pés nus, alma agarrada.Cortei os pés nos pedaços de vidro que deixaste no chão. Restos efémeros de uma janela que quebraste, só porque querias um pouco mais de ar, de liberdade. A ousadia de caminhar descalça fez com que o sangue borrasse a madeira tosca, como a tinta borra o papel, em jeitos imprecisos e confusos.<br />Dei os primeiros passos lentamente, sacrifiquei-me. E mesmo sentido a dor aguda causada pelos pequenos e infinitos cortes, continuei a caminhar. Ainda conseguia ver o teu vulto, ao longe, que se dissipava aos poucos, numa grossa nuvem de dúvidas. Continuei. E os constantes passos que dava iam-se transformando em abafados gritos de dor. <br />Outrora, com a vontade de te aprisionar, converti a força de te agarrar em pensamentos apagados pela saudade. A mão que te estendia, ficou frouxa, solitária, ao sentir a tua ausência, enquanto a distância entre nós aumentava. E então caminhei.<br />Entraste numa sala escura, onde as paredes não se fechavam. Sentaste-te a um canto, cansado de tanto fugir e, mesmo na escuridão, consegui vislumbrar o pequeno brilho que ainda guardavas nos teus olhos. Aproximei-me de ti, com passos lentos, até poder ouvir novamente a tua respiração, senti-la no meu pescoço, como se fosse um quente abraço. Mas não te agarrei.<br />Ao longe, uma janela embaciada pela lua atraía-te. Num rápido e doloroso segundo, levantaste-te, quebraste o vidro azul, e deixei de te ver. Sustive a respiração, talvez por não querer acreditar que te tinhas ido embora, talvez por não me querer sucumbir à tentação de te perseguir e, ao último suspiro, numa última tentativa, caminhei.<br />Não sei de ti, não sei de nós. Por mais que te apresses, em corridas sem destino, acabas sempre a um canto, onde me olhas com ternura, onde me queres, sem o querer.<br />Descobri hoje que os restos da tua liberdade me cortam os pés. E dói. Não por querer, mas por não o merecer. E sangra, não de mim, mas do ontem apressado, do hoje naufragado e do amanhã destruído. Simplesmente, dói.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-73056361692751355352008-10-25T22:43:00.002+01:002008-10-25T22:50:14.404+01:00E a música de hoje foi:Vicente Amigo - Tres notas para decir te quiero<br /><br />Cerca de 5 minutos em que o corpo abana e as memórias também. ;)Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-21870146258692317102008-10-21T22:17:00.002+01:002008-10-21T22:29:55.859+01:00?Acabei de ficar a olhar para a caixa de texto vazia durante cerca de 5 minutos.<br />O título é um ponto de interrogação. A vida, essa, umas meras reticências.<br />(É por estas e por outras que as exclamações às vezes magoam.)<br /><br /><br />Nunca disse que este post iria ter sentido. Também nunca me disseram que a vida fosse ter sentido algum. E assim fico, dando o dito por não dito.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-63678553355157805532008-10-18T21:56:00.000+01:002008-10-18T22:05:18.104+01:00De volta. (C:\Joana\Docs\Meus Textos)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLJgWZy8hwFj8FcB0NeIvn4DAMv6KxKH9qm3ONVHPs3Jk7v4BjcqS2T-yQLihHNTAlsxYL1vanH2O2IcrkcvkS5MLPJ8QfcNS4-vszEFiHIWzZCQ_oX2mjGHg6pEfho9Y4c0VHgCSgPHTC/s1600-h/DSC04400.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5258602675823775906" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLJgWZy8hwFj8FcB0NeIvn4DAMv6KxKH9qm3ONVHPs3Jk7v4BjcqS2T-yQLihHNTAlsxYL1vanH2O2IcrkcvkS5MLPJ8QfcNS4-vszEFiHIWzZCQ_oX2mjGHg6pEfho9Y4c0VHgCSgPHTC/s320/DSC04400.JPG" border="0" /></a><br /><div align="center">Sentada num rochedo, observo a vida aos meus pés.<br />O ponto de origem está cravado sobre o mar, sobre as ondas sufocantes que, com toda a sua força, me beijam a alma. Todo o qualquer ruído transforma-se agora numa hora muda e nua que repusa no colo do céu, calmo e discreto, no conforto e na empatia da natureza.<br />Nasce em mim o poder de reflexão, a vontade de olhar para dentro, de descobrir a força que o mar furioso me dá. Há horas inquietantes, que se dissipam com a maresia.<br />A espuma, curiosa, cobre os cinzentos e ásperos rochedos e, num jeito de ironia, efémeros. A vida começa e acaba aqui – nasci no berço do mar, cresci com a melodia do doce inverno, dormi sobre a fria espuma, repousei os pés cansados na infinita areia que, como a minha vida, me mata.<br />O ponto de origem mora aqui. É aqui que encontro, reencontro e perco. É aqui que vivo, onde os sorriso molhados pelas lágrimas e a música que transparece nas guitarras decoram a paisagem do “eu”.<br />Pela última vez, olho o mar. E a dança bruta da ondulação ilustra o assumido estado de espírito. E agora? Agora choro. Grito, esperneio. Só porque hoje renasci.</div>Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-23602040355311950112007-09-03T14:54:00.000+01:002007-09-03T15:04:41.734+01:00IncapazComo gostaria de um dia olhar em frente, seguir o caminho que tão escuro se fez, iludir as pedras gastas da calçada, desafiadas por alguém que se disse capaz.<br />Como gostaria eu! Pés inocentes nessas pedras tão frias, tão seguras. Escondidas nas sombras de grandiosos feitos, apoiada em alicerces pouco convenientes, perdida aí num lugar, mágico em tempos, que hoje nem sol merece.<br />Como gostaria de sentir a areia fria, ouvir suplícios de benevolência, compaixão talvez, enterrar a mão na areia, sentir os grãos a escaparem-me por entre os dedos, tal e qual como tu. Como gostaria de te olhar, ver-te tocar doces melodias, estudar esses acordes tão subtis dessa estimada guitarra. como gostaria eu! Olhar o céu e ver-te talvez, nessa pose tão real, tão cuidada, tão tua. amargura de uma noite gelada, pouco me importaria se a chuva me encharcasse de tão seca que é a falta de palavras. Olhares perturbantes trocados, diluídos em distracções irracionais. É um "posso e quero" das novas gerações, que nem à luta vão. É um "dá-me" ordenado, nada pedido, porque hoje em dia tudo é mandado.<br />Ontem era um quero-te, hoje nada é.<br />Como gostaria eu! Seguir-te, correr atrás do tempo, sentindo cada segundo passar por mim, tla e qual como a respiração ofegante de quem já desistiu.<br />Pudera eu desejar e receber, pudera eu desejar e receber, pudera eu sentir de novo o cheiro da espuma do mar ou a essência da calçada lisboeta. Um norte ou sul nada definido.<br />Como eu gostaria! Explicar tudo isto por meras palavras escritas, não olhar em meu redor pedindo a alguém que perceba... se nem eu compreendo.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-40635752090900353162007-06-26T13:23:00.000+01:002007-06-26T13:24:21.355+01:00Palavras, para que te queroQueria escrever qualquer coisa, mas qualquer coisa me falta. Gostava de agora poder inundar estas linhas de palavras sentidas, saídas fesquinhas da minha cabeça, não-pensadas, não-editadas. Queria apenas escrever. Poderia escrever o teu nome, é certo, mas tal iria chamar as lágrimas, e lágrimas é o que eu não quero. Só queria palavras.<br />Olho para a folha vazia, e algo me dói. Nem a música me inspira, e eu, cada vez mais deprimida, rabisco algo no canto desta coisa tão branca. Rabiscos apenas. Pequenos erros num lençol de pureza. Folha, tão branca que é, e mesmo assim tão vazia. E no entanto, de rabiscos não passam, e eu queria palavras.<br />Um chá parece acalmar-me, mas nem assim me traz de volta a inspiração. Noutros dias, teria fechado este meu caderno, mas hoje e agora, sinto que tenho de escrever algo. Qualquer coisa.<br />Folha, tão vazia! Pudera eu encher-te de palavras, de vírgulas, de acentos, de pontos finais, de ideias. De desenvolvimentos, de histórias, de metáforas.<br />Quero escrever para mim, pois sou o meu melhor público.<br />Mas nada sai. Talvez fosse boa ideia escrever sobre um segredo? Duas linhas bastam, só preciso de soltar este monstro horrível que me está a sugar toda esta vontade, só preciso de duas linhas para poder desfazê-lo em mil pedaços.<br />Não contes o segredo a ninguém, lembra-te de nós, de todos os momentos, e não o contes a ninguém. Guarda-o para ti, bem guardado e poderás admirá-lo sempre que quiseres, quando te sentires sozinho. É um segredo apenas, bem sei. Mas é o meu segredo. Não consigo escrever, mas há-de sair qualquer coisa. E só para que saibas:<br />Começou a chover agora, dessa nuvem habitante dos meus olhos que transformava em cinzentas as minhas amarelas e soalheiras admirações.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-88128071762008442892007-06-19T10:49:00.000+01:002007-06-19T10:51:31.583+01:00Precisamos“Todos precisamos”. É-nos tão essencial. Também eu preciso. Preciso de um lugar, surreal e encantador, de um minuto, lento e silencioso. Inevitavelmente, e ironicamente também, a solidão aos poucos vai fazendo bem. Telemóveis desligados, ruídos abafados, não quero histerias, não quero desabafos, não quero pedidos de socorro. Quero o meu tempo. Quero a minha paz de espírito.<br />Não preciso de nenhum lugar paradisíaco, não preciso de sol, se a chuva miudinha bater na janela sem me incomodar, nenhum mal me fará. Não preciso de férias, nem de dinheiro. Quero o meu conforto, quero sentir-me bem sem ter de ver que os outros também se sentem. Deixem-me ser, hoje e só hoje, um pouco egocêntrica, deixem-me olhar, agora e de relance, para o meu umbigo, deixem-me, sem dar muito nas vistas, imaginar que afinal até sou o centro do mundo. Deixem-me escrever Eu com maiúscula e mostrar aos outros o que valho. Deixem-me sossegada, aqui no meu canto.<br />Podes dar-me a minha paz de espírito? Dá-ma embrulhada naquele papel tão suave. Aproveitá-la-ei quando sozinha me encontrar, gozá-la-ei naquela sala branca, de cortinados caídos sobre o chão, naquela sala vazia, com pensamentos escritos na parede à espera que alguém os verbalize. Naquela sala tão nossa, característica, com a qual todos sonham e ninguém a encontra. Dá-me a minha paz de espírito e prometo que para sempre te respeitarei. Tenta, preciso dela. É fácil, afinal não se compra, não se ganha. Merece-se e tem-se.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-18035100952504685252007-06-09T11:37:00.000+01:002007-06-09T11:45:23.176+01:00Pequenina reflexãoJá lá vão 17 anos. Para muitos, poucos. Para alguns, muitos. São os meus 17 anos. Aprendi, entre muitas outras coisas, mais um bocadinho do significado de amizade. E percebi, que não vale mesmo a pena chorar, refilar, espernear e partir copos se alguém de quem gostávamos muito nos abandonou e não quis mais saber de nós. Não vale mesmo a pena. Vale a pena é agarrarmo-nos aos que cá estão connosco, e que querem saber de nós.<br />Aproveito então, no seguimento do último dia de aulas, para reflectir sobre quem tenho comigo. Amigos e colegas. Amizades fortificadas, algumas esquecidas, relações escolares transformadas nas mais puras confidências.<br />E o que é que aprendi este ano?<br />Além da filosofia, de português, de matemática, aprendi que o nosso dever é mesmo estar com quem está connosco. Faca perigosa essa. Mas traz sempre coisas tão boas.<br />Chora, ri, grita, mas fá-lo com quem te sentes bem. Com quem te agarra quando estás a ficar desesperada. Com quem te dá um sorriso que te reconforta. Com quem é mesmo teu amigo!Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-10074516925911638022007-06-01T22:44:00.000+01:002007-06-01T22:51:28.054+01:00DesabafoA minha gata não para de miar.<br />Hoje acordei com frio, mas fez calor.<br />Hoje, supostamente, não se podia fumar nos cafézitos, mas fumei (e muito).<br />Hoje o creme de cenoura estava muitá bom (como sempre).<br />Hoje fiquei em casa a vegetar.<br />Neste momento estou a vegetar.<br />Estou a ter um daqueles momentos em que tenho calor, mas se tirar o casaco tenho frio, e vice-versa.<br />Ainda tenho dois testes e um trabalho para apresentar.<br />Acho que a gata tem fome, mas hoje já comeu demasiado.<br />SEde também não tem.<br />Ok, só me quer chatear o juízo e causar-me grandes ataques de alergia. *ESPIRRO*<br />Falta uma semana para acabar o aninho escolar.<br />Uma semana. E depois estudar e cafés, cigarros e PAC's, agricultura e caracóis, praia e transportes.<br />E depois, adeus.<br />Monte Gordo.<br />Tirei o casaco e tenho frio.<br />ALGUÉM PODE LEVAR A GATA DAQUI SE FAZ FAVOR?Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-55059200601751804512007-05-30T17:46:00.000+01:002007-05-30T17:49:46.496+01:00Já não se usaHoje, chegada à escola: portões fechados, greve. Alunos contentes. Ainda deu para uma manhã bastante agradável :D Greve? Geral. Pelo quê? Pelo fim da guerra, pela fome? Pela paz no mundo? Pela união? Não me parece. Grande utopia essa... Já não se usa.<br />Pensem sobre isso.<br />(Recorda-me a conversa com a Lu no Swell: Baleias azuis, refeições vegetarianas, reciclagem...)Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-70871776955162023742007-05-29T20:28:00.000+01:002007-05-29T20:32:39.075+01:00Mais um aniversárioO melhor deste dia? O almoço de anos do Xoné. Porquê? Porque houve champagne, bolo, e um bebé "com o cu virado para cima". Porque eles molharam-se todos e eu não. Porque o nosso grupo passava e cheirava a vinho. Ahah! Parabéns, já sei que agora tens 18 e não 19, ou 20. E acho que sim, que fizeste muito bem em virar a barcaça, porque a aula de história foi bonita sim senhora. Quem é que tem a coragem de ir alterado para uma aula? Só o Xoné. Viva, viva, viva... E muitos parabéns. :)<br /><br />Obs.: Não vou esquecer o traumatismo craniano que provocaste ao bebezito, coitadiiito! *Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-11084917565241753992007-05-28T21:07:00.001+01:002007-05-28T21:13:14.220+01:00Parabéns Amizade.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSgq3ggH9nLVveWMLM_pMUIMd7yGPnIo3Z104dVytkmicl7KpXMRnpBuz0I9fGu4nKBDX7-sr0ep0VMH7ta6vNKbhwoYrmNoEh-bcy7TrY_AwMD9CFqL2MrGGnL57yDB1dUCmY4xVDUGuh/s1600-h/Nos@+028.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069705926264857602" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSgq3ggH9nLVveWMLM_pMUIMd7yGPnIo3Z104dVytkmicl7KpXMRnpBuz0I9fGu4nKBDX7-sr0ep0VMH7ta6vNKbhwoYrmNoEh-bcy7TrY_AwMD9CFqL2MrGGnL57yDB1dUCmY4xVDUGuh/s320/Nos@+028.jpg" border="0" /></a><br /><div align="left"><em>Carta a um amigo<br /><br />Escrevo esta carta à alma que me sustenta. Escrevo esta carta ao ombro amigo onde já tenho depositado lágrimas de saudade. Escrevo esta carta ao sorriso humano, imperfeito como todos, e mesmo assim divinal. Escrevo esta carta à companhia de muitas horas, minutos, segundos. E preciosos instantes.<br />Peço-te, não companhia para sempre mas para sempre a tua companhia. Peço-te as mais belas piadas, para que eu, só contigo, possa rir quando o mundo desabar sobre mim. Conta-me histórias de heróis que venceram tudo e todos, lutando pelo que queriam, defendendo o que acreditavam, e eu acredito que a nossa amizade é eterna.<br />Dá-me a certeza de que nunca me deixarás sozinha, fica comigo, mesmo que eu não queira. Fica presente, não te transformes em mais uma amizade ausente.<br />Fica até o sol nascer, poderás ficar até ele desaparecer? Não me fujas, não me escapes por entre os dedos como já fracos grãos de areia me escaparam, não me desapontes, não me pregues nenhuma rasteira para eu não cair num choro silencioso.<br />Dá-me um abraço, um longo e profundo abraço, e diz-me que não te esqueces de mim. Faz-me acreditar que posso contar contigo. Protege-me da chuva e do vento que teimam em fazer-me cair. Mostra-me que a amizade é intemporal, mostra-me que consegues fazê-lo a alguns quilómetros de distância. Faz-me ter saudades tuas, para que possa voltar a pensar em ti, e escrever mais um pouco. Para que possa pensar em ti, e sorrir mais um pouco. Para que possa falar de ti e dizer: “Ele é meu amigo”.</em><br /> </div><div align="left">Joana M.<br /><br /> - Um obrigada pelas horas divertidas, pela televisão com imagens desfocadas, pelo lugar quentinho, pelas panelas incómodas, pelos minutos de silêncio onde me gritaram aos ouvidos. E obrigada, acima de tudo, por naquela noite te sentares ao pé de mim e balbuciares qualquer coisa, só por isso estou aqui, agora, a escrever patetices poéticas para ti. Toma isto como a tua prenda, mas é a coisa mais sincera que te posso dar: o que me vai na alma. Obrigada, pela amizade. Obrigada, por me deixares ser tua amiga. E um obrigado ao Aníbal que está cheio de notas de 200€ (também não podia ser tudo sério...). Adoro-te, disso nunca duvides. </div><div align="left"> </div><div align="left">(A menina que pensava que o estendal era um poste de electricidade)</div>Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-27359295814042795962007-05-27T16:50:00.000+01:002007-05-27T17:00:19.283+01:00Que beleza<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM1Fj0g_gMnzV-RN1UOcAyM5_sQRJ0qsnT7QV4tLpNfPa_JSY-FG5DAKvPWU-ZrHE4alMp582m0R9c8zES8ZjVpd9NUo-SOobovgU97vBzjAt7lYWUPF1N6a7Xnw1hlnNkSkTzh8AEFkDa/s1600-h/P5113514.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069270704343852018" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM1Fj0g_gMnzV-RN1UOcAyM5_sQRJ0qsnT7QV4tLpNfPa_JSY-FG5DAKvPWU-ZrHE4alMp582m0R9c8zES8ZjVpd9NUo-SOobovgU97vBzjAt7lYWUPF1N6a7Xnw1hlnNkSkTzh8AEFkDa/s320/P5113514.JPG" border="0" /></a><br /><div><span >Já que "abri" o blog hoje, aproveito enquanto é novidade e faço post's até não poder mais, ou simplesmente até perder a paciência. E aproveito e deixo aqui uma fotografia que adoro, tirada no metro do Jardim Zoológico, dia 11 de Maio, quando já só faltavam algumas horas para os meus 17 anos. Sorriso grande, pose ansiosa! E deixo aqui também um beijinho às meninas da fotografia, das quais eu gosto muito, que me fizeram muiiito feliz por terem ido ao meu jantar. </span></div><br /><div>É verdade. À Rita, que me devia dar o prémio nobel da paciência, à Irina que me dá aquelas bolachinhas tããão boas, à Ritinha que também é uma querida, à Ju a quem eu mando um grande "AHAH", à Fofy que é a minha amigona e cúmplicee à Iris que é uma querida também: um OBRIGADA não só por terem estado presentes no meu jantar como também actualmente na minha vida.</div><br /><div>17 aninhos muito bons! Para recordar :)</div>Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-90202014151098196172007-05-27T13:19:00.000+01:002007-05-27T13:23:22.253+01:00Fim.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5SWzZkuGohzSV99-MBOINHwU8Npiub2iJ798pHpZWIvsBOXU3xHpo3KC_BNA-3zRtZGPiqlplLO18T5frWW3p98mkgxsAN4excCigf4nE2DsGNmEvePgs-U2lRF-UO8Dt_jtRmnCe8wID/s1600-h/PICT0004.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5069214964258284498" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5SWzZkuGohzSV99-MBOINHwU8Npiub2iJ798pHpZWIvsBOXU3xHpo3KC_BNA-3zRtZGPiqlplLO18T5frWW3p98mkgxsAN4excCigf4nE2DsGNmEvePgs-U2lRF-UO8Dt_jtRmnCe8wID/s320/PICT0004.JPG" border="0" /></a><br /><div>Pestanejas e engoles em seco: já não sabes nada. É uma pergunta tão simples. Sentada ao teu colo, olho de relançe para o vidro, agora cheio de pó e reflexos de luz, vejo-nos angustiados.<br />Ainda não me respondeste e começo a ficar assombrada pela dúvida. Esboço um sorriso amarelo, na esperança de que consigas balbuciar qualquer coisa, mas nem isso te dá força. Repito a pergunta, procuro saber o porquê de tanto medo, de tanta indecisão. Olho para ti e vejo alguém que nem sabe de onde veio.<br />Os teus olhos revelam agora tristeza e sobretudo indecisão, e que olhar tão perdido me lanças! Começo a sentir-me insegura e é então que abres a boca e me dizes, nesse teu jeito: “não sei”. Era a única resposta que nunca quis ouvir, finalmente conseguiste responder-me sem me responderes. Mostro-me satisfeita e levanto-me. Num impulso de ódio, entre suspiros e incertezas, querendo unir-me a ti e fingir que está tudo bem, mas incapicitada de tal coisa, quebro a ténue linha que nos unia, consumindo o ar envolvente e afastando por fim, antigas duvidas.<br />Amas-me? Por agora, acabou.<br />Acordo de manhã, o sol encandeia-me, não consigo ver, cheirar nem sentir. Aqueço o primeiro de muitos cafés neste dia que se adivinha muito exaustivo.<br />Decidi que hoje seria o último dia destas semanas que se têm arrastado entre nós. Já não há amor, nem sequer companheirismo. Somos agora como dois estranhos deambulantes pela casa, apoiados nestas paredes cansadas, trocadas, traídas.<br />E assim foi o adeus. Perdido, choroso, transformado num turbulento “até depois”. </div>Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1202119761529548697.post-4447461654763644592007-05-27T12:54:00.001+01:002009-01-26T17:54:27.152+00:00PerfumeA doce essência convida a frescura, embala suavemente, acorda a ternura. Olhas-me nos olhos e tudo é perfeito, aquele teu belo odor que me deixa tão sem jeito. Quando a chuva cai, ou o sol bate nas cortinas, dizendo que o dia é nosso, parando o relógio, chamando o anoitecer, para que possa adormecer nos teus braços, respirando-te. A ti e ao teu doce perfume. Ama-me agora, e fala-me depois.Johttp://www.blogger.com/profile/04959784764110880805noreply@blogger.com0